14/11/2009

Os dias de sábado.

Não gosto muito de sábados. Ok, é um dia bom para dormir a tarde inteira, assistir House mais à noite e sair com os amigos/família. Mas geralmente o sábado não faz parte das melhores coisas que acho na vida. É triste. É cheio de lembranças. É meio vazio, visto que no sábado sequer leio.
Alguns dos acontecimentos mais importantes da minha vida aconteceram, de fato, no sábado. Isto não significa que foram todos bons e cheios de sorrisos doces e alarmantes. A maioria muito triste, por sinal. Uma despedida, uma morte, a mudança de casa - pelo qual até hoje não me conformo-, o dia em que fico sozinha em cada o DIA TODO, o dia que minha mãe fica com a minha irmã e o marido dela, um encontro triste e bom no shopping que resultou meus seis meses de choros intermináveis e babaquices, o dia que entrei no curso de Inglês etc. Há coisas cômicas, tais como o dia em que resolvemos beber (EU NÃO FAÇO ISSO, VIU!) só para no outro dia não ir à aula de Biologia, o que resultou numa bronca moralista de mamães e castigos para todos; festas, novos amigos, mas sempre uma lágrima no final das contas já que aquele que eu pertenço não existe no meu círculo social.
De fato, não gosto dos Sábados e nem dos Domingos. Prefiro a Segunda-Feira, agitada e tem basquete no final da tarde que possibilita assistir o pôr-do-sol na San Francisco Avenue que é simplismente incrível, principalmente quando coloco roupas brancas e um tênis mais claro (não sei pq, juro.)
A rua vazia, festa na cidade mais tarde, e eu escutando uma música linda do Iron and Wine chamada "Passing afternoon". Mais tarde, sandúba e House M.D.
Deixo com vocês essa foto linda que achei na Internet.
Bom sábado e até a próxima!


03/11/2009




Que fim o quê!?

Se eu ainda estiver vivo, digo estar vivo mesmo, não quero mais viver nenhum fim. O começo, a empolgação de algo novo e o prazer de não pensar em nenhum término me parecem mais excitantes. O fim apenas deixa saudade. E ela sempre me faz buscar algum canto para escorar meu pensamento em uma lembrança qualquer. Quero aproveitar meu intervalo entre os extremos do ser, talvez conhecer os extremos do mundo, usufruir do meu lado extremista descontrolado, esquecer que existe um mais ou menos. É como água gelada em sol quente e dia de chuva com chocolate quente. A intensa conexão entre os opostos é proporcional às suas diferenças. Agora entendo que a morte é só mais um novo começo. É um começo para aqueles que ainda não a conheceram. Hoje é dia dos finados, não tenho costume de visitar cemitérios e chorar pelos mortos. Só acho que a saudade não está ali presente, e quem dera que estivesse. Mas, ela vai andar onde quer que haja um coração que sinta falta. E é sempre a falta que nos faz mover, nos faz procurar algo que a substitua. Por causa disso existe a lembrança que retorna ao presente todos os sentimentos e calafrios vividos, só que em outra dimensão, a do pensamento. Então, essa é a chave para a imortalidade. Existem pessoas eternas, e coisas que não têm fim. O sorriso, os pensamentos, a particularidade, enfim, tudo que se vai, de certo modo continua. Continua aqui na nossa cabeça. Tudo que se vive de bom nunca terá fim. E como qualquer um pode se tornar em uma falta, um vazio, não há porque chorar, porque onde andar a saudade vai estar também o querer. O desejo de um começo sem fim, porque nenhum final é feliz.

Ah, eu estava com tanta saudade daqui. Estou de volta, isso aqui não tem fim não! Escrever aqui é a melhor coisa que posso fazer nessa vida. Quero voltar com tudo, mas antecipo, vida de vestibulando não é fácil não ... Enjoy it.

Beijo Rafa :*