03/11/2009

Que fim o quê!?

Se eu ainda estiver vivo, digo estar vivo mesmo, não quero mais viver nenhum fim. O começo, a empolgação de algo novo e o prazer de não pensar em nenhum término me parecem mais excitantes. O fim apenas deixa saudade. E ela sempre me faz buscar algum canto para escorar meu pensamento em uma lembrança qualquer. Quero aproveitar meu intervalo entre os extremos do ser, talvez conhecer os extremos do mundo, usufruir do meu lado extremista descontrolado, esquecer que existe um mais ou menos. É como água gelada em sol quente e dia de chuva com chocolate quente. A intensa conexão entre os opostos é proporcional às suas diferenças. Agora entendo que a morte é só mais um novo começo. É um começo para aqueles que ainda não a conheceram. Hoje é dia dos finados, não tenho costume de visitar cemitérios e chorar pelos mortos. Só acho que a saudade não está ali presente, e quem dera que estivesse. Mas, ela vai andar onde quer que haja um coração que sinta falta. E é sempre a falta que nos faz mover, nos faz procurar algo que a substitua. Por causa disso existe a lembrança que retorna ao presente todos os sentimentos e calafrios vividos, só que em outra dimensão, a do pensamento. Então, essa é a chave para a imortalidade. Existem pessoas eternas, e coisas que não têm fim. O sorriso, os pensamentos, a particularidade, enfim, tudo que se vai, de certo modo continua. Continua aqui na nossa cabeça. Tudo que se vive de bom nunca terá fim. E como qualquer um pode se tornar em uma falta, um vazio, não há porque chorar, porque onde andar a saudade vai estar também o querer. O desejo de um começo sem fim, porque nenhum final é feliz.

Ah, eu estava com tanta saudade daqui. Estou de volta, isso aqui não tem fim não! Escrever aqui é a melhor coisa que posso fazer nessa vida. Quero voltar com tudo, mas antecipo, vida de vestibulando não é fácil não ... Enjoy it.

Beijo Rafa :*