18/01/2010

De alguém para ninguém.

É confortante saber que você estará de volta e ao mesmo tempo temeroso ao saber que em breve estaremos separados. De alguma forma que eu não sei explicar, você é a única pessoa com quem me sinto livre para desabafar. Eu não sei como fui aceitar tudo dessa maneira, esse nosso jeito estranho. Eu gosto, mas de certa forma não me satisfaz e sempre vou dormir estranha, se é que eu consigo dormir. Eu penso muito na gente, em você. É estranho, não? Bom, não quero falar disso. Hoje é um dia meio triste, sacou? As férias estão acabando e eu continuo a mesma, ainda que muito mudada.
De novo, acho que entrei em furada. É... você deve estar agora balançando o pé e sacudindo a cabeça, como quem já está acostumado a ouvir isso. Mas dessa vez eu exagerei, acho que fui e estou indo um pouco longe demais. Até posso ouvir a sua voz, sussurando pra mim, como naquele dia, o que eu deveria fazer. Senti sua falta nesse verão e o resultado disso é uma raiva imensa e uma vontade de te abraçar, imensa também. Eu precisava te escrever. Sei que em algum lugar da onde você está, abrirá meu email e vai estar fazendo os gestos que imagino que fará ao ler esse quase desabafo.
Arrumei outra pessoa. Não para me livrar ou esquecer, não foi uma coisa planejada. Ele é mais velho, e eu sou ainda muito imatura. Sei exatamente que essa história não vai muito longe já que ele não iria querer nada com alguém quase oito anos mais nova que ele. Não sei se já estou apaixonada, provavelmente não. É de pirar o jeito que ele me beija e me abraça: quente, intenso e me deixa louca. É de pirar o quanto ele tem as qualidades e defeitos que nem de perto eu teria. Talvez por isso ele seja tão encantador aos meus olhos. Exótico. Você iria gosta de conhecê-lo, são parecidos. Está sendo bom at all. Mas é como se eu sentisse aquele gosto amargo na boca, que desce pela garganta cortando tudo. É mais uma história que eu vou sofrer já que nenhuma pessoa nesse mundo entende minha necessidade de atenção. Ele já não liga há três dias e você - como um amigo tão próximo - sabe que é de pirar. Ele fala A, eu entendo o alfabeto inteiro. Ele diz que saiu com os amigos e na minha mente criativa e fantasiosa imagino mil garotas com seios lindos, loiras, perfeitas e que não tem um blog cheio de dúvidas.
Eu vou ser breve, pois semana que vem estaremos juntos novamente e eu poderei lhe detalhar essa aventura de verão. É que eu precisava te escrever. Eu tô bolada com essa história. Triste. Sério mesmo. Eu já posso prever o dia que ele chegará e me falará de uma outra garota. Eu posso já ver ele dando aquele beijo maravilhoso em outra. E tudo que eu consigo sentir é tristeza. Sei lá, é muito ruim, sabe?
É só pra te adiantar o que te espera. Espero por você, com aquela necessidade toda, com aquele amor todo que só você, em toda minha vida, soube me dar. Ainda que seja invisível. Mas de alguma forma, incrível.

14/11/2009

Os dias de sábado.

Não gosto muito de sábados. Ok, é um dia bom para dormir a tarde inteira, assistir House mais à noite e sair com os amigos/família. Mas geralmente o sábado não faz parte das melhores coisas que acho na vida. É triste. É cheio de lembranças. É meio vazio, visto que no sábado sequer leio.
Alguns dos acontecimentos mais importantes da minha vida aconteceram, de fato, no sábado. Isto não significa que foram todos bons e cheios de sorrisos doces e alarmantes. A maioria muito triste, por sinal. Uma despedida, uma morte, a mudança de casa - pelo qual até hoje não me conformo-, o dia em que fico sozinha em cada o DIA TODO, o dia que minha mãe fica com a minha irmã e o marido dela, um encontro triste e bom no shopping que resultou meus seis meses de choros intermináveis e babaquices, o dia que entrei no curso de Inglês etc. Há coisas cômicas, tais como o dia em que resolvemos beber (EU NÃO FAÇO ISSO, VIU!) só para no outro dia não ir à aula de Biologia, o que resultou numa bronca moralista de mamães e castigos para todos; festas, novos amigos, mas sempre uma lágrima no final das contas já que aquele que eu pertenço não existe no meu círculo social.
De fato, não gosto dos Sábados e nem dos Domingos. Prefiro a Segunda-Feira, agitada e tem basquete no final da tarde que possibilita assistir o pôr-do-sol na San Francisco Avenue que é simplismente incrível, principalmente quando coloco roupas brancas e um tênis mais claro (não sei pq, juro.)
A rua vazia, festa na cidade mais tarde, e eu escutando uma música linda do Iron and Wine chamada "Passing afternoon". Mais tarde, sandúba e House M.D.
Deixo com vocês essa foto linda que achei na Internet.
Bom sábado e até a próxima!


03/11/2009




Que fim o quê!?

Se eu ainda estiver vivo, digo estar vivo mesmo, não quero mais viver nenhum fim. O começo, a empolgação de algo novo e o prazer de não pensar em nenhum término me parecem mais excitantes. O fim apenas deixa saudade. E ela sempre me faz buscar algum canto para escorar meu pensamento em uma lembrança qualquer. Quero aproveitar meu intervalo entre os extremos do ser, talvez conhecer os extremos do mundo, usufruir do meu lado extremista descontrolado, esquecer que existe um mais ou menos. É como água gelada em sol quente e dia de chuva com chocolate quente. A intensa conexão entre os opostos é proporcional às suas diferenças. Agora entendo que a morte é só mais um novo começo. É um começo para aqueles que ainda não a conheceram. Hoje é dia dos finados, não tenho costume de visitar cemitérios e chorar pelos mortos. Só acho que a saudade não está ali presente, e quem dera que estivesse. Mas, ela vai andar onde quer que haja um coração que sinta falta. E é sempre a falta que nos faz mover, nos faz procurar algo que a substitua. Por causa disso existe a lembrança que retorna ao presente todos os sentimentos e calafrios vividos, só que em outra dimensão, a do pensamento. Então, essa é a chave para a imortalidade. Existem pessoas eternas, e coisas que não têm fim. O sorriso, os pensamentos, a particularidade, enfim, tudo que se vai, de certo modo continua. Continua aqui na nossa cabeça. Tudo que se vive de bom nunca terá fim. E como qualquer um pode se tornar em uma falta, um vazio, não há porque chorar, porque onde andar a saudade vai estar também o querer. O desejo de um começo sem fim, porque nenhum final é feliz.

Ah, eu estava com tanta saudade daqui. Estou de volta, isso aqui não tem fim não! Escrever aqui é a melhor coisa que posso fazer nessa vida. Quero voltar com tudo, mas antecipo, vida de vestibulando não é fácil não ... Enjoy it.

Beijo Rafa :*

05/10/2009

Nostalgia e saudade.


Ideologia e destino, não necessariamente nesta ordem.

=]

27/09/2009

Você, que nem ler o que eu escrevo no longer.

Olhe, me desculpe. me desculpe mesmo, não queria que tivesse sido assim. Mas é que você se foi, porra! Você vai embora e acha que é isso. Quem quiser que se recupere sozinho. Mas não é. É difícil pra quem fica, você deveria saber. Mas não, você é quem vai, quem deixa, o artesão da dor alheira. A noite estava linda. Um calor agradável, céu cheio daquelas estrelas transformistas, planos para nós. E me vêem com aguinhas-com-açucar. Detesto água com açucar, quebrei o copo na boca. Engoli o vidro como se ele fosse o seu depoimento no Orkut, ele não quis me ferir. E aquele clima repugnante, daqueles vultos mais preocupados em estar dentro do acontecimento. Na minha cabeça, antes mesmo que eu sentisse, questões práticas afloraram. É, era eu aprendendo auto preservação. E o tempo, melífluo, eu ficava observando da minha cama, com uma puta febre. O depoimento estava, convenhamos, patético. Eu achava que você era mais interessante. E aquelas recomendações? "Não me odeie". Me poupe. A situação já não estava sob o seu controle. Não havia mais controle. Cada um tomou as próprias rédeas, que você largou, distraído, com aquele depoimento estúpido. E dentro de mim a euforia típica das pessoas apaixonadas e que não são recíprocas, desse novo brinquedo e o medo do poder contido nele. Nunca achei que fosse dominá-lo, estou quase lá. Das últimas vezes que eu tenho te visto, temos estado no meio de muitas pessoas. Os vultos estavam todos lá, só que nem dava pra ver. Você roubava e rouba a cena de qualquer um.
Não vou dar uma de vítima. I gotta go. Tenho uma vida para colocar a andar, e você tem estado me atrapalhando. Os choros noturnos, as músicas que te lembram, os textos TODOS para você nesta merda de site. Preciso aprender a perder.

19/09/2009

Um pouco lost

Estou à procura de mim. Devo ter me perdido em alguma esquina com carrinho de churros ou em algum bar que haja coca-cola de vidro bem gelada. Eu fico querendo me encontrar em outras coisas ou pessoas, só que nada parece ser tão espontâneo quanto meus momentos em que fico sentado aqui nessa cadeira, com a tela do computador deixando reflexo nos meus óculos e minha mente se contorcendo pra escrever alguma coisa que seja útil. Aqui, me encontro. E já foram tantas horas, um pouco melancólicas até, que estive assim nessa mesma posição deixando de dormir o necessário e esquecendo que existe um monte de coisas além da minha habitual xícara de cappuccino ao lado do mouse. Sem falar do fone no ouvido. Onde o reggae me deixa com calafrios, deixo meus pensamentos no mudo e viajo sem nem perceber que já estou longe. Mas, é longe mesmo que me acho, dotado de amor e de amores, comendo churros, tomando coca. Às vezes acontece isso, me perco de amor. Como diz a música aqui no meu ouvido: reggae a vida com amor.