27/09/2009

Você, que nem ler o que eu escrevo no longer.

Olhe, me desculpe. me desculpe mesmo, não queria que tivesse sido assim. Mas é que você se foi, porra! Você vai embora e acha que é isso. Quem quiser que se recupere sozinho. Mas não é. É difícil pra quem fica, você deveria saber. Mas não, você é quem vai, quem deixa, o artesão da dor alheira. A noite estava linda. Um calor agradável, céu cheio daquelas estrelas transformistas, planos para nós. E me vêem com aguinhas-com-açucar. Detesto água com açucar, quebrei o copo na boca. Engoli o vidro como se ele fosse o seu depoimento no Orkut, ele não quis me ferir. E aquele clima repugnante, daqueles vultos mais preocupados em estar dentro do acontecimento. Na minha cabeça, antes mesmo que eu sentisse, questões práticas afloraram. É, era eu aprendendo auto preservação. E o tempo, melífluo, eu ficava observando da minha cama, com uma puta febre. O depoimento estava, convenhamos, patético. Eu achava que você era mais interessante. E aquelas recomendações? "Não me odeie". Me poupe. A situação já não estava sob o seu controle. Não havia mais controle. Cada um tomou as próprias rédeas, que você largou, distraído, com aquele depoimento estúpido. E dentro de mim a euforia típica das pessoas apaixonadas e que não são recíprocas, desse novo brinquedo e o medo do poder contido nele. Nunca achei que fosse dominá-lo, estou quase lá. Das últimas vezes que eu tenho te visto, temos estado no meio de muitas pessoas. Os vultos estavam todos lá, só que nem dava pra ver. Você roubava e rouba a cena de qualquer um.
Não vou dar uma de vítima. I gotta go. Tenho uma vida para colocar a andar, e você tem estado me atrapalhando. Os choros noturnos, as músicas que te lembram, os textos TODOS para você nesta merda de site. Preciso aprender a perder.