05/09/2009

Pereza


Aula de espanhol: o desinteresse estimula a preguiça que secreta o sono crônico, o maldito que me domina e devora todo o resto da minha vontade de fazer seja lá o que for. Minha cabeça pesada procura um equilíbrio constante e meus olhos consomem toda a energia que me resta para se manterem abertos. É como se eu tivesse tomado um porre, onde tudo roda, tudo cansa, tudo enjoa. Parabéns pra “aborrecência”, destruindo minhas chances de me tornar um garoto exemplar e diminuindo minha paciência para o que não me parece atrativo, entiendes? E não há de ser culpa minha os meus cochilos repentinos, que acabam me fazendo babar nas folhas sob a carteira dura. Também me inocento dos cochilos vespertinos, os quais todos os adolescentes que se prezem não deixam de tirá-los. E vale ressaltar que todo o meu ódio pela física resultou em uma prova virgem, pura. Mas, isso é apenas mais um detalhe dessa vida, porque se exato eu for, como a tal, nem indiferente poderei ser, todos terão equações para resolver e achar o resultado do amor, da felicidade, de tudo. Sem precisar amar e ser feliz, mas, tudo estará no papel e só nele. Hoje, eu suponho que faltou um pouco mais de pasión na tal aula de espanhol do maestro “Rúlio”. Sei lá! Minha imaginação fértil me faz pensar que uma chica com vestido rubro tocando suas castanholas iria fazer da aula bem mais interessante e interativa, ou até uma palhinha de tango com rosas vermelhas na boca. Bem clichê. Mas, agora, só preciso de mais umas horas de sono. Só penso em dormir, eu sei! Hasta la vista, baby!