19/05/2009

Saudosismo infeliz

O aconchego da tarde de hoje me submeteu a um desejo pungente de chorar. É até engraçado quando alguém - limitado - lê isso e pensa: olha esse menino que só sabe falar de amor e de seus sentimentos sofridos. Não tem coisa melhor do que poder lavar minha alma. Minha mãe diz que chorar limpa os pulmões, e sorrir os faz mais forte. Eu até concordo e acho possível, serem os meus, os pulmões melhores do mundo. Essa minha vontade de hoje foi o acúmulo de ontem, anteontem... Eu só estava muito ocupado com minha diversão do tão bem aproveitado fim de semana. E que fim de semana! Só não foi tão bom devido à ausência da Joules e pelo infortúnio de minha música preferida não ter sido tocada pela banda de domingo. Mas, teve uma peculiar perfeição da sexta animada e cansativa, do sábado durável e do domingo que nem parecia ser domingo, sem Faustão nem Fantástico. E foi tão incrível, que essa rara felicidade, não momentânea, vai durar a semana inteira, assim espero. É claro que vai durar, porque eu vou matar a saudade da Joules. Vou dar aquele abraço gostoso, aquele beijo delirante e dar aquela olhada que a deixa tímida. Vai ser eterno. Não eterno enquanto dure, mas que eternize o que durar. E sabe aquela vontade de chorar? Me fez dormir, e eu quis esquecer, me mostrar forte. Nem pude acompanhar o sol poente, o que já virou costume. Mas foi melhor assim, ele me faria lembrar a moça presente, constantemente, nos meus sonhos. Evitei, ao máximo, não reparar meu ego abalado pela falta que você me fez. Mas nem teve jeito, eu tive a felicidade, ou infelicidade, de te contactar pela internet. E foi só contato (verbal), só e só. Não pude te ver, te tocar nem te sentir. Só me fez ter mais saudade. Mas, amanhã eu vou te ver. Não vai ter mais saudade nem ausência. A lágrima vai ser evitada e meu ego vai continuar abalado. Mas a felicidade, essa vai durar. Não enquanto eterno, mas enquanto você me abraçar, me beijar e me olhar.